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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

ANIMAIS DEFICIENTES - Esvaziando a bexiga de cães fêmeas!

Pessoal, tenho recebido perguntas de pessoas com animais deficientes que retém as fezes e/ou urina e como fazer para eliminá-los!
Realmente, é muito importante estar de olho nisso. Os excrementos não podem ficar retidos!
Se não está saindo espontaneamente, temos que fazer alguns procedimentos para esvaziar.
A retenção pode provocar sérias infecções (o que é comum nos casos deles), então devemos evitar o máximo possível.
Se você tem dúvidas se seu animal está retendo ou não, procure orientação veterinária, aliás, procure sempre, ele irá te orientar sobre tudo.
Como eu disse em outras postagens, o meu cão (macho) não retinha (ficava pingando o xixi e o cocô saía espontaneamente), ele tinha incontinência (o que, quanto ao prejuízo da retenção, era algo "positivo").
Voltando ao início, como me perguntam como faz para ajudar a esvaziar bexiga, resolvi dar uma pequena explicação sobre. É muito simples, mas tem que ter cuidado para não machucar o animal e dar tudo certo! Com o tempo, a gente pega o jeito e fica bem fácil.
Mesmo com o meu que esvaziava espontaneamente, à noite e quando eu podia, eu esvaziava, pois assim evitava de ficar pingando e ele ficava seco por mais tempo (até encher novamente e começar a gotejar de novo).
Bem, como meu cachorrinho era macho, eu conheço a técnica do macho, que é diferente da fêmea, naturalmente. Vou fazer um protocolinho do macho, mas por ora pedi uma ajuda para um amigo muito especial, o Gustavo.
Ele também teve uma dachshund (muito especial também), que marcou indelevelmente a vida dele e da família. Ela se foi este ano (assim como o meu dach), poucos meses depois, deixando muitas saudades e aprendizado (uma pequena parte da "prática" estamos aqui, dividindo com vocês).
Eu e esse amigo dividimos muitos (se não todos) os momentos com nossos cães. Desde a época que estavam saudáveis, até quando apresentaram as lesões na coluna, dividimos os medos, as preocupações, as esperanças, os anseios, as buscas incessantes na tentativas de tratamento, cura, reabilitação, na melhor forma de buscar o bem-estar para nossos pequenos amiguinhos. Foram longos caminhos até poucos meses atrás quando nos despedimos dos nossos cãezinhos. Muitas lições e muitas, muitas alegrias.
Aproveito a oportunidade para deixar minha homenagem para a July!
Suca e July, que vocês possam estar correndo livres - de cadeirinhas de rodas inclusive (ou sem elas, afinal nao devem precisar delas) - num lugar que mereçam estar!
Bem, voltando ao assunto que me trouxe aqui, a meu pedido, o Gustavo me mandou um protocolozinho muito bom sobre como esvaziar bexiga de fêmeas com paralisia (de membros posteriores, principalmente), de quebra tem outras dicas muito importantes.
Segue abaixo.
Se alguém quiser falar diretamente com o Gustavo, deixe um comentário com seu e-mail que coloco vocês em contato, ele ficará feliz em ajudar!
"A July, quando ficou paralitica, perdeu o controle nervural do "fazer coco e xixi", portanto ela sozinha nao fazia, como você sabe.

Quanto ao xixi:

No começo, não sabíamos lidar com a situação e o que aconteceu foi que a bexiga dexa encheu, encheu, ela ficou com uma barrigona e depois começou a vazar xixi sozinho, mas isso nunca conseguiu drenar todo o xixi.
O passo seguinte, juntamente com auxilio do médico Veterinário foi instalar um dreno via "periquita". 3 vezes por dia, íamos com um seringa e puxavamos o xixi via sonda. Foi assim por 1 a 2 meses.
O passo seguinte foi remover a sonda e massagear (apertar) a bexiga dela manualmente para expulsar o xixi. E era assim que fazíamos sempre, nesses últimos quase 4 anos que ela viveu assim.

Quanto ao cocô:
Dando ração de qualidade boa, a quanteidade de cocô já naturalmente diminui e fica com boa consistência. Desde o início, quando o instestino enchia, o cocô saia sozinho, e em quantidade razoável. Com o passar do tempo, nos "ajustamos" e a July também, assim sendo, toda vez que íamos "aperta-la" no banheiro para o Xixi, o cocô saia junto, em quantidade equivalente a ela fazer cocô sozinha.

Como fazíamos:
3 vezes ao dia, pela manhã ao acordar, cerca de umas 17-18hs e antes de dormir, levávamos ela pro banheiro, apoiávamos a "bundinha" / parte do tronco dela no vaso sanitário e "apertávamos". Depois disso, limpávamos com papel higiênico.
Ela se adaptou super bem, ao ponto de algumas vezes ela mesmo pedir pra ir ao banheiro quando estava na hora.

Dica:
Dar ração de boa qualidade, evitar dar alimentos humanos (coisa bem difícil com os comilões salsishas!). Deixar sempre muita água a disposição, pois muita água ajuda a urina não ficar muito concentrada e o cocô ter boa cosistência. Ficar atento para qualquer cocô mole ou cor da urina (evitar sistite, etc).

Riscos:
Vivendo dessa maneira, os riscos de infecção na bexiga / instestino são bem maiores. A parede do intestino tende a mudar de espessura, e infecções são muito fáceis de se proliferarem, devido ao animal depender 100% de ajuda para expelir. Infelizmente o que provocou a morte da nosso anjinho Juju foi uma infecção que se alastrou rapidamente, mesmo nós, a Juju e o veterinário lutarmos por alguns dias. Portanto, ficar muito atento para qualquer cocô mole ou xixi de outra cor.

Notas finais:
Depois de adaptada, tanto com o carrinho, quanto com a nova lógica de xixi e cocô, enfim, com a nova vida, a Juju viveu muito feliz nesses últimos 4 anos. Ela corria, brincava, fazia palhaçada e continuou a fazer de nós os donos mais felizes do mundo. Tudo o que fizemos por ela foi quase nada, se levarmos em conta o tanto de alegria que ela sempre nos trouxe. Paro por aqui, pois as lágrimas já me dominam. Desde o dia 19/Julho/12 eu peço a Deus que cuide bem dela e que aproveite a dádiva de estar perto dela."

July!
(Agradecimento ao Gustavo e Cristiane que mandaram a foto)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DÚVIDA - Como lidar com Lhasa deficiente com incontinência

Pergunta:
"Olá, em primeiro lugar, quero parabenizá-lo pela iniciativa em criar um blog, onde divide suas experiências, de grande valia, aos iniciantes em cuidar de animais deficientes, como eu. Tenho um Lhasa Apso de 4 anos, e, misteriosamente, a um mês apresentou um problema em sua coluna, que fez com que perdesse a sensibilidade nos membros traseiros, e, embora venha apresentando melhoras gradativas (abana o rabo, engatinha,fica em pé, com ajuda , mas logo perde o equilíbrio), não é certo que volte a andar novamente. Ele também está com incontinência urinária e fecal, as fezes, por serem durinhas, não representa problema, mas quanto a urina, estou tendo muita dificuldade , coloco nele fralda, de bebê mesmo, é mais barata, mas acho que está com infecção urina, pois algumas vezes o xixi sai rosado, o veterinário disse que é por segurar a urina. Mas hoje, com estou aprendendo fazer a tal massagem para esvaziar a bexiga dele, notei um pouquinho de sangue, tipo um fiozinho bem pequeno. Vou levá-lo novamente ao veterinário. Será que sempre ele terá isso? Espero me adaptar a essa situação o mais rápido possível" - Por Deb em ANIMAIS DEFICIENTES - incontinência urinária e fecal


Resposta:
Deb, primeiramente agradeço sua participação por aqui!
O meu dach morreu há uns dois meses, por motivos alheios ao problema da coluna, estava velhinho, com um problema de pele sério, as coisas foram piorando até que ele não resistiu! Essa é a primeira vez que falo sobre ele desde o ocorrido, fiquei muito triste, mas com sensação de missão cumprida por ter cuidado do meu companheirinho com tanto cuidado, por tanto tempo, e mesmo quando me dava trabalho, preocupações etc. Valeu a pena! Ter convivido com ele foi um presente para mim, só aprendizado e alegrias!
Bom, por esses motivos continuarei a ajudar, no que possível, a quem tem animaizinhos com deficiências, em nome da memória dele e do que significou em minha vida!
Quanto ao seu caso, vou tentar dar algumas orientações por partes.
Devo lembrá-la que minha experiências são só de (muita) vivência e prática, e de literatura que li sobre o assunto, mas na condição de pessoa leiga, portanto, é fundamental que você consulte um veterinário, de preferência especialista. Isto é importantíssimo, inclusive, porque um diagnóstico precoce implica em maiores chances de recuperação e até cura!
Para você ter ideia, quando meu dach perdeu os movimentos das patinhas traseiras, eu, ainda sem saber nada sobre, tratei-o com um veterinário clínico geral, muito bem intencionado, mas a falta de conhecimento técnico especializado talvez fizesse a diferença. Por quê? Porque o sucesso de uma eventual cirurgia reparadora do problema depende de alguns fatores, dentre eles, o tempo do surgimento da lesão.
Em outras palavras, quando finalmente consultei um especialista em ortopedia veterinária, ele me informou o seguinte: quando mais rápido for feita a cirurgia (se for indicada, claro), mais chances de recuperação dos movimentos.
Outro fator, segundo o especialista, que aumenta as chances de melhora do quadro, é a apresentação de dor profunda. Dor profunda é essa sensibilidade nos membros afetados, ainda que parcial. Muitas vezes, o animal nem tem movimentos, mas sente, se você apertar, por exemplo, abana o rabo etc. Isto quer dizer que a corrente dos impulsos nervosos (algo assim) não está totalmente interrompido, entende? Parece ser o caso da sua cachorrinha! E isso é bom sinal!
No caso do meu dach, ele não apresentava qualquer sensibilidade/dor profunda na parte posterior do corpo. E, como eu (por não conhecer) não verifiquei a viabilidade de hipótese cirúrgica logo após a lesão aparecer, e ele sem qualquer dor profunda, a cirurgia não foi recomendada, porque certamente não teria sucesso!
Voltando ao seu caso, te contei tudo isso porque o fato de seu cão ter sensibilidade (ele perdeu os movimentos, a locomoção, manteve a sensibilidade, certo?) pode (pode, isto é apenas uma hipótese, você precisa consultar um ortopedista veterinário) indicar uma cirurgia que faca com que ele até volte a andar!
Mais ainda, o fato de ele apresentar aumento dessa sensibilidade é um sinal excelente. Talvez o caso dele possa ser solucionado até mesmo com medicamento (que fará uma espécie de "construção artificial" do impulso nervoso interrompido), fisioterapia e acupuntura.
Estou te incentivando a correr atrás porque, pelo que me conta, parece haver muitas chances de melhora significativa e até voltar a andar (mesmo com dificuldade)!
O meu dach teve um diagnóstico bem mais desanimador e eu fiz tudo que estava ao meu alcance e faria novamente! Se tivesse as informações que tenho hoje, talvez tudo pudesse até ser diferente!
Claro que esses tratamentos todos que estou citando tem custos, não são baratos, mas não é impossível! Há hospitais veterinários de universidades de medicina veterinária que podem ajudá-la. De onde você é? Eu posso te indicar um especialista, me retorne se quiser!

Agora vamos para a parte dois.
Como cuidar de um cão deficiente (supondo que ele permaneça assim, o que não é o fim do mundo, mas seria muito válido você tentar reverter isso!).
Você tem que conferir se o xixi e cocô estão saindo. Não pode reter! Se não tiver saindo espontaneamente, você terá que ajudar! A retenção de fezes e urina implica em colonização por bactérias, ou seja, o animal fica muito mais susceptível a ter infeções! Aliás, infecções urinárias são muito comuns em animais nessas condições, justamente pela retenção. Tem que estar muito atenta!
A presença de sangue pode ser um sinal de infecção. O xixi não deve sair rosado ou com fio de sangue! Mesmo que ele apresente infecção, tem que ser tratada! O xixi deve ser de cor normal de xixi de cachorro, se não for, não está tudo bem, deve ser tratado como qualquer outro animal!
Se a retenção dele for mínima (ficar vazando xixi o dia todo, como acontecia com o meu, por exemplo), menos chance de infecção urinária, mas fique de olho. Sangue nas fezes e urina nunca é normal, sempre deve ser averiguada e tratada, inclusive nesses animais deficientes!
O meu dach nunca teve infecção urinária! Não se preocupe de antemão. Cuide para que ele não retenha o xixi e verifique se a coloração esta normal. Neste momento você terá que tratar porque não está, mas assim que estiver, olhe sempre!
O uso de fraldas pode ser uma alternativa, desde que você troque com frequência, igual com criança, várias vezes ao dia. Se você não tem como trocar, melhor deixar sem!
Eu tentei fralda, mas trabalho fora e não troquei com frequência, assou, inflamou, ficou horrível. Ou seja, não deu certo no meu caso. Teria dado se pudesse trocar mais vezes ao dia, passar pomada própria para assadura (de animais). Resumindo, o xixi/coco parado ali na fralda em contato com a pele o dia todo faz estragos!
As fraldas que comprei eram daquelas feitas em casa, de uma lojinha que vendia máquinas (sabe aquelas que as pessoas pedem na tv?), sem marca, bem baratinha. Como ele era bem pequeno, eu comprei a de recém-nascido e colocava como um cinto ao redor do pipi e fechada em cima. Ou seja, o rabinho ficava para fora (e não segurava o cocô obviamente).

Finalizando, quantos kg pesa seu cão? De repente, posso doar a cadeirinha de rodas que era do meu, se servir! Deixe seu e-mail!
Cuide bem do seu cachorrinho, mesmo que não tenha condições financeiras, dá-se um jeito, não irá se arrepender!
Pergunte sempre que precisar, estou à disposicão!
Boa sorte!

sábado, 23 de junho de 2012

ANIMAIS DEFICIENTES - lesões de contato

Aproveitando o gancho da pergunta sobre a gatinha deficiente, vim falar sobre lesao de contato.
O que é isso? Quando o animal deficiente nao se locomove normalmente e, não tendo dor, a tendência é que se arraste.
Meu cachorrinho só não se arrastava enquanto tinha dores nos primeiros dias da paralisia. Logo já começou a se virar sozinho. Não passava aperto, se arrastava rapidinho e se adaptou com facilidade à sua nova condição!
Como eu relatei numa postagem anterior, ele não quis a cadeirinha de rodas, então o arrastamento tem sido sua forma de locomoção.
Hoje em dia, algumas partes das patinhas traseiras têm pequenos calos. De tanto raspar no chão, feriu e foi formando um tipo de couro duro no local. Para evitar essas lesões de contato, o ideal é que o animal utilize a cadeirinha de roda e não se arraste, mas na impossibilidade, inviabilidade, temos que cuidar para não lesionar e tratar quando ocorrer.
Os primeiros locais que apresentam feridas são as partes mais grossinhas, as articulações.  É comum ralar, esfolar. Como o animal não tem sensibilidade nessas área, ele nem irá se incomodar se estiver machucando e vai se arrastar até sangrar.
Para tentar evitar isso, tente envolver com esparadrapo micropore. Será como uma proteção, espécie de joelheira ou cotoveleira. Não use esparadrapo grosso, que arranca os pêlos ao retirar. Melhor o micropore. Aplique com o pêlo seco e se já tiver feridinhas, passe uma pomada cicatrizante antes. Não se esqueça se trocar com frequência, pois ficará logo sujo. Pode ser que descole sozinho por causa do arraste, limpa o local e coloque novamente. Se não for possível fazer esse tipo de proteção/curativo, limpe as feridas que surgirem e passe sempre uma pomadinha cicatrizante.
Eu uso no meu cão Dermolene e Alantol. Alantol tem a vantagem de, além de ser pastosa e aderir melhor na pele, afasta o pouso de moscas, o que é excelente. Feridas abertas atrairão moscas, podendo inclusive criar berne no local (mosca pousa, bota ovos, que gerarão larvas). No mais, tem que adaptar o piso para que ao se arrastar, fira o menos possível. Falei disso com detalhes numa postagem anterior.

domingo, 10 de junho de 2012

ANIMAIS DEFICIENTES - incontinência urinária e fecal

Bem, vou tratar de como cuidar de um animal que apresenta incontinência urinária e fecal. Como eu disse, tenho um dachshund paralítico que não segura o xixi e o cocô, ou seja, não tem mais o controle voluntário dos órgãos excretores. O que acontece nesses casos? No caso do meu cachorro, o xixi fica pingando constantemente, de pouquinho em pouquinho. E o cocô vai saindo sozinho quando ele me movimenta. De início, devo ressaltar que eu já tentei algumas formas de minimizar as consequencias disso. Primeiro tentei colcar fralda. Apesar de ser ecologicamente inadequado, eu tentei. Não deu certo, deu assaduras severas. Isto porque tal como um humano, a umidade do xixi causa lesōes, por isso tem wue ser limpo e trocado várias vezes ao dia. Essa ideia não me agradou porque, além de gastar muitas fraldas, minha intenção era deixá-lo o mais independente possível, sem necessitar da minha presença tantas vezes ao dia, já que apenas eu que cuido dele. Descartei o uso de fraldas. Pensei num sistema de sonda, mas sem intodução interna, porque isso iria irritar muito mais o canal urinário dele. Adquiri alguns materias em loja de enfermagem, equipo etc, e tentei unir o caninho ao prepúcio, para que o xixi corresse direto desse caninho para uma bolsa externa. Não deu certo, não consegui aderir o equipo ao prepúcio, debido estar sempre molhado, qualquer fita adesiva descolava a vazava. Percebi então que o menos pior era deixar pingar e mante o local e ele limpos. Para reduzir a umidade, esvazio a bexiga pelo nenos uma vez ao dia, para que demore mais para voltar a gotejar. Faço isso antes de colocá-lo para dormir e ele fica até quase de manhã seco, quando a bexiga já encheu novamente. Como esvazio a bexiga? Pressiono um local onde ficaria o saco escrotal (ele foi castrado e extraiu o escroto), com o tempo fui sabendo exatamente onde pressionar e a urina sai toda em jato, esvaziando toda a bexiga. Isso tem que ser feito com cuidado para não machucar. Na verdade nem precisa apertar com força, apenas localizar o local exato da bexiga e fazer uma leve pressão que sai todo o xixi. Por ele ser macho, é assim que funciona. Já contei de um amigo que tem uma dachshund fêmea paralítica e, embora ela também não tenho controle do xixi e cocô, provavelmente pela própria formação o aparelho feminino, os excrementos dela não saem naturalmente, ou seja, alguém precisa fazer a extração várias vezes ao dia. A vantagem do caso da fêmea é que ela não se suja, pois a pessoa controla a retirada do xixi, cocô. Por outro lado, além de ela ficar mais dependente do dono, apresenta com maior frequenca infecção de urina, pois retèm por mais tempo o xixi. Infecção de urina é comum nos casos desses animais, por todas as razões ditas, mas talvez por não reter o xixi, meu dach teve raríssimas vezes. Quanto ao cocô, no decorrer do dia as bolinhas vão saindo sozinhas. Também é possível fazer uma leve massagem na região do esfíncter, canal anal, pelo abdomem mesmo, e todas as fezes saem. Por isso tudo, temos que tomar muito cuidado com o intestino dele. Se ele apresenta diarreia ou intestino solto é em caos! Tomo cuidado para não acontecer, ofereço uma ração que garante que as fezes saiam bem durinhas. Faz pouquíssima sujeira. E é assim que tenho lidado com essa questão. Conforme vão surgindo inconvenientes, vou readaptando. Ele fica bem o dia todo sem a necessidade de extrair a urina e fezes, porque saem sozinhas. Claro que sai em qualqer lugar, porque ele não controla, mas tomando tods os cuidados, não faz tanta sujeira quanto possa parecer e dá para administrar muito bem!

ANIMAIS DEFICIENTES - Adaptações no ambiente

Voltando ao assunto, vim falar de como adaptei o ambiente onde vive o meu dachshund paralítico. Como ele não usa a cadeirinha, como expliquei em postagem anterior, tive que criar um ambiente onde ele pudesse se locomover arrastando-se sem fazer muitas feridas de contato. Num canil de tamanho razoável, com duas áreas, uma coberta e outra não, coloquei no chão passadeiras. De início, usei plástico, desses de cobrir mesa de refeição. Por ser liso, deu certo para ele se arrastar, mas além de ser fino, mantendo as irregularidades do chão, pois o plástico toma a forma do chão, o maior inconveniente era a umidade que acumulava sob esses plásticos e criou mofo, fungo, bolor. Quando a plástico ficava muito sujinho, velho, rasgando, eu jogava fira e colova um novo, a cada 2, 3 meses. Essa é uma opção barata na falta de algo melhor, mas os fungos que fornavam ali deram uma dermatite de lele no meu cachorrinho. Como ele fica com bastante contato com o chão, facilitou. Tentei outro material, um tipo de emborrachado cm furinhos, que permite secagem maior da umidade sob o material. Esses emborrachados têm a vantagem de ser mais espessos, fazendo que fique mais macio, maus amortecido o contato. Quanto à funcionalidade, deu certo, não tive mais problemas com fungos, o inconeviente é o preço. Esses emborrachos são vendidos em lojas de materiais de construção, por metro, tem de várias espessuras, mas não são tão baratos quanto o plástico fino. Para evitar infecção por fungos, vale a pena, por há dermatites difíceis de tratar. Atualmente os emborrachados estão na área desciberta, são facilmente laváveis e permitem a evaporação da umidadr das águas de chuva e sereno. Já na parte coberta, além do emborrachado, eu coloco uma forragem de jornal, principslmente à noite, para absorver o xuxi e ele não ficar úmido. Coloco bastante folhas em todo o chão da parte coberta e troco diariamente. No frio, o jornal ajuda a manter o local aquecido, pous serve de isolante térmico. Ainda nessa área coberta onde ele dorme, coloco um paninho no qual ele deita. São pequenos pedaços de pano, que também troco diariamente, pois ficam molhados. A cada troca coloco um paninho limpo e lavo o sujo, e os sujos, quando encardidos, jogo fora. Por fim, em época de frio, após ele deitar no paninho, como uma caminha, ainda cubro-o com uma cobertinha. Naturalmente ele se mexe, sai do lugar, então a cobertinha também tem que ser trocada com certa frequencia. Tambem faço cabanas com caixa de papelão para proteger do frio. Com todo esse protocolo, ele fica muito pouco úmido, tem poucas assaduras e dorme bem quentinho. Um detalhe, o cocô, por ser durinho, não faz sujeira, apenas recolho as bolinhas quando limpo, todo dia. E, antes de dormir, esvazio manualmente a bexiga dele, assim ele fica sem pingar xixi por um tempo, mais tempo sequinho. Por fim, regularmente lavo todo o local, retiro os emborrachados também e lavo-os, desinfeto o local com um pouco creolina na água (deixo ele longe até secar tudo) e volto a fazer toda essa forragem. Tem dado certo!

ANIMAIS DEFICIENTES - Cadeira de rodas

Há algum tempo no mercado cadeira de rodas para animais deficientes, em especial àqueles que perderam movimento das patas traseiras. Como disse, eu tenho um dachshund com essa deficiência. Há algumas empresas especializadas nisso. A do meu cachorrinho, eu encomendei com uma estudante de veterinária que fazia artesanalmente a cadeirinha, era mais barato do que as de empresas. Logo que ele apresentou o problema e eu tinha esperanças de que ele pudesse recuperar os movimentos, eu adquiri a cadeirinha como um suporte de fisioterapia. A cadeirinha ficou pronta rapidinho e chegou pelos Correios. Como é feita sem medir e ver o animal pessoalmente, eu enviei as medidas pedidas, precisou de alguns pequenos ajustes, mas tudo calculado, com fitas extensoras etc. O que não ficou no lugar correto pode ser ajustado. Ajustei tudo e ficou boa. Porém, o meu cachorrinho não gostou dela e se recusava a andar com ela. Antes do problema, ele não andava com coleira, guia, ficava paralisado quando colocava a guia até tirarmos. Talvez esse fato tenha contribuído para a revusa. Outro fato que me pareceu relevante é a de wue especificamente o meu cão é bem pequenininho e leve, pesa cerca de 3 kg, e, embora leve, por ele ser bem pequeno, o peso da cadeirinha ficou um pouco excessivo a ele. Das poucas vezes que ele andou forçado com a cadeirinha, era perceptível que ele fazia um esforço para puxá-la, era como um cavalo puxando uma corroça pesada! Já vi casis de cães maiores que tiveram mais facilidade, justamente por serem bem mais pesados que a própria cadeirinha e puxá-la não ser algo penoso. Como a coluna dele tinha acabado de sofrer uma grande lesão, não achei que valia a pena mantê-lo esforçando-se para puxar a cadeirinha pesada para ele. No mais, assim que as dores passara (nas primeiras semanas ele teve muita dor), ele se arrastava com muita facilidade, por ser levinho, rapidamente, com muito mais desenvoltura do que com a cadeirinha. Claro que o arraste provoca outros problemas, como ferimentos, mas tratarei disso em outra postagem. Tenho em conhecido cuja dachshund fêmea também sofre da mesma deficiência. Ele adquiriu uma cadeirinha de empresa especializada e disse que mecanicamente é muito bem feita e que valeu a pena o gasto a mais. A cachorrinha dele usa e gosta! Cada caso é um caso! A experiência do meu cachorrinho com a cadeirinha foi essa. Compraria de novo, porque só testando saberia se funcionaria ou não. Se ele fosse grandão, talvez o arraste ficasse bem dificultoso e a cadeirinha ajudasse bem mais. Hoje em dia ele vive muito bem sem a cadeirinha, com algumas adapatações, das quais falarei adiante.

ANIMAIS DEFICIENTES - Cuidados

Vou iniciar uma série sobre animais deficientes e os cuidados que devemos ter com eles. Tenho um cão paralítico de 13 anos. Ele ficou nessa condição aos 8 anos em decorrência de um problema de coluna recorrente na raça dele, dachshund. Desde então, apesar dos tratamentos que foram feitos, ele não recuperou a sensibilidade e os movimentos da parte posterior do corpo. Ele não anda, apenas se arrasta, e ficou com incontinência urinária e fecal. Hoje em dia, após alguns anos do ocorrido, a qualidade de vida dele está sob controle. Ele não sente dor. Ele praticamente se vira sozinho e não depende tanto da gente quanto quem não vivenciou essa experiência pode imaginar. Ele vive num canil adaptado, não usa cadeirinha de rodas, come bem e sempre aoresenta bons exames de saúde. Alguns probleminhas devido a idade, mas todos contornáveis. O único cuidado diário mesmo é a limpeza e troca da forragem da caminha dele, pois molha de xixi e cocô por causa da incontinência. O material que utilizo depende da época do ano, frio ou calor. Todo dia, ao final, eu faço a limpeza e troca da forragem para que ele durma sequinho, até porque durante o dia ele sai da casinha coberta, toma sol, passeia, então não fica molhado. No mais, os cuidados são como de qualquer cão, água, comida, remédios quando necessário, exames de rotina, vacibas, além de alguns cuidados extras que todo cão velhinho precisa e ele adora, como um cobertor quentinho! Vou falando aos poucos de cada detalhe!