Segundo a sinopse divulgada, relata a história de Tilikum, uma orca macho que vivia em cativeiro. Foi capturada no oceano bem jovem e passou o resto da vida em tanque. O documentário é de 2012, mas Tilikum morreu em 2017 (o que é um alívio, acreditem, eu ficaria muito pior se soubesse que ele se mantivesse nas mesmas condições).
A história envolve graves problemas da indústria de parques aquáticos que utilizam animais, relações humanas com a natureza e lições de vida e comportamento das orcas.
O documentário dirigido por Gabriela Cowperthwaite é o melhor que já assisti com tema animais.
Demorei para assistir porque tenho dificuldade em lidar com as dores desse tipo de produção. Não assisto a nenhum filme de bichinhos, cono Marley e eu. Talvez por viver experiências tão profundas e intensas na minha vida, não me sinto bem vendo esse tipo de ficção. Até porque a minha vivência é forte o suficiente para reflexões sobre. Em todo caso, vale a pena assistir, principalmente quem não tem contato com esse mundo. É uma discussão pertinente e necessária.
Trata da vida das orcas em parques aquáticos, desde suas capturas no oceano, até como são cuidadas, seus comportamentos e acidentes fatais com humanos.
Após o documentário, o ativismo ambiental contra o mal estar animal aumentou significantemente. E a função foi essa mesmo: trazer o assunto para debate, questionamento, reflexão e mudança da realidade. Tem dado certo.
Não vou me ater a qualidade técnica do documentário, pois não domino o assunto e, para um leigo, a mensagem foi passada de modo bem claro e suficiente. No mais, sabemos que qualquer espécie de produção que tenha algum viés mais educativo e não de mero entretenimento não conta com patrocínios milionários.
O trabalho é sensacional. Cheguei a enviar e-mail à Diretora, Gabriela Cowperthwaite, que me respondeu prontamente, trocamos alguns mails. Profissional e humano admirável.
Treinadores dos parques e pessoas que participaram da vida das orcas de cativeiro, que não estão mais trabalhando para parques aquáticos (maioria ativista ambiental hoje) vão conduzindo o doc por meio de relatos, depoimentos e entrevistas, o que confere credibilidade ao assunto.
As situações aterrorizantes pelas quais esses cetáceos passam é trazida com detalhes não veiculados na mídia.
Não chega a ter imagens gráficas muito fortes, mas o conteúdo é bem denso e pesado psicologicamente. Especialistas em comportamento, neurologia, revelam informações sobre o sofrimento desses animais num nível além do físico, emocional, psicológico, social, ambiental.
O conteúdo é rico. Não é possível ser a mesma pessoa antes e depois de assistir. Tudo nos modifica, mas mesmo eu, com forte ligação nas mais diversas causas animais, tive um impacto fortíssimo. Doeu. Refleti. Sonhei com flashes do doc. Atingiu.
Todos deveriam assistir. É um excelente material didático para educação ambiental. Traz reflexões profundas e atingem um amplo espectro de questões.
Vale muito, muito!
Imagem oficial de divulgação
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