quarta-feira, 15 de março de 2017

GAMBÁS - Como cuidar de filhote de gambá que a mãe morreu

Encontrar filhotes de gambás órfãos por acidentes com suas mães (acidente, atropelamento, cachorro pegou etc.) É relativamente comum infelizmente.

Passei por essa situação recentemente (veja o relato: http://ilcagnolino.blogspot.com/2017/03/gamba-historia-dos-filhotinhos-orfaos.html).
E como precisei buscar informações sobre como cuidar desses filhotes, vim dividir experiências.

Vou indicar orientações que li num grupo específico sobre gambás brasileiros e afins no Facebook: https://m.facebook.com/groups/1559837174299862

Lembrando que se trata de animais selvagens. Tudo que se fala em cuidados é relativo a cuidados para salvar filhotes ou animais feridos para reabilitá-los e reintroduzir na natureza sempre que viável.
Não estamos falando de comércio, compra, adoção.
É proibido possuir animais silvestres da fauna brasileira.

Voltando ao tema, gambás são marsupiais (como cangurus). Possuem organismo e sistema metabólico complexo e específico, por isso precisa de cuidados bem especiais para sobreviverem. Não são pets ou animais domésticos.

O que fazer quando encontrar filhotes órfãos ou animais feridos precisando de socorro?
Socorra!
A primeira providência é levar a um veterinário de selvagens, se possível (pois nem todo lugar existe) ou qualquer veterinário mesmo, principalmente se houver ferimentos ou lesões, desacordado etc.
O med vet irá fazer uma consulta geral, fazer o atendimento emergencial. Inteenar se for o caso.

Num segundo momento, feito o atendimento emergencial, o filhote deve ser cuidado até que tenha idade para conseguir viver na natureza novamente.

Aquecimento: os filhotes precisam de aquecimento, pois ficavam na bolsa da mãe protegidos e aquecidos.
Providencie bolsa térmica para aquecé-los. Água morna. Deixe um espaço para eles se afastarem da bolsa se estiver muito quente.
A bolsa térmica pode ser aquelas industrializadas para humanos ou improvisada com garrafa pet ou luva cirúrgica amarrada.
Coloque um paninho entre eles e a bolsa, para ficar confortável e distribuir o calor.

Amamentação: o leite a ser oferecido deve ser um específico de nome PetMilk, que compra-se em casas de produtos para animais.
Dê o leite com uma seringa (sem agulha obviamente), se forem muito pequenos, seringa de insulina (bem fininha e com abertura pequena).
Inicie oferecendo leite a cada 3 horas. Conforme comerem mais ou menos, reduza ou aumente o intervalo.
Lembre-se que são animais de hábitos noturno, logo dormirão e ficarão mais lentos durante o dia e mais ativos, mamarão mais, à noite.

Frutas: com o passar do tempo, quando estiverem espertinhos, andando por tudo (cerca de 1 mês), introduza frutas na alimentação. Primeiramente, bata no leite banana, maçã. Até começar a oferecer pedacinhos para que eles comam sozinhos.
No grupo do Facebook que citei, há uma receita de papinha que também pode ser feita:

Fezes e urina: logo após amamentar, é preciso estimular o organismo do filhote para que faça xixi e cocô. A mãe faz isso lambendo a barriga e os órgãos excretores do animal. Umedeça uma gaze ou algodão e passe na área genital suavemente, como se estivesse limpando. Logo deve sair o xixi e depois o cocô. A cada mamada, faça esse procedimento.

Local onde ficam: é muito imporante deixá-los num local seguro para eles. Quando bem novinhos e com pouca movimentação, uma caixa forrada com pano é suficiente. Mas verifique se não há predadores com acesso ao local. Gatos domésticos comem os filhotes, por exemplo. Cães matam. Deixe a caixa num lugar seguro.
Com o tempo, eles vão começar a andar por tudo, são excelentes escaladores. Eles se seguram pelo longo rabo e escalam onde estiverem. Providencie uma tampa ou os deixe soltos em lugar de onde não possam escapar ou sumir. Eles tentarão escapar e explorar o ambiente. Quando com a mãe, eles começam a se aventurar, a mãe ensina buscar alimento, e depois voltam para a bolsa.



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