terça-feira, 26 de abril de 2016

GATO - Como agir com gato deficiente?

Pergunta:
"BOA NOITE. PEGUEI UM GATINHO NA RUA SEMANA PASSADA ELE E PARALITICO E ESTOU ENCONTRANDO MUITAS DIFICULDADES DE CUIDAR DELE, POIS TRABALHO FORA E NÃO TENHO COM QUEM DEIXA-LO. ELE DEFECA E ANDA EM CIMA DAS FEZES, NÃO SEI OQUE FAZER E TENHO MEDO DE DOAR PARA ALGUM LUGAR QUE ACABE SACRIFICANDO. PODEM ME AJUDAR? CONHECEM ALGUM LUGAR QUE ACEITE UM GATINHO NESSA CONDIÇÃO?" Por Renata Bernardes em ANIMAIS DEFICIENTES - incontinência urinária e fecal. Em 25/04/16.

Resposta:
Olá, Renata!
Veja, se você que teve compaixão pelo gatinho está com dificuldades, certamente pouquíssimas pessoas o acolheriam, infelizmente!
Você pode procurar alguma ONG de sus cidade e pedir ajuda, seja para acolhê-lo ou mesmo providenciar um lar.
Mas você chegou a consultar um veterinário para verificar se é uma situação definitiva?
Há chances de não ser ou mesmo de tratamentos para controle das incontinências que facilitariam sua vida para ficar com ele.
Procure um vet (que não seja muito racional), de preferência por indicação de alguém ou de ONGs mesmo.
Considerando a situação delicada, tente algumas alternativas antes de passá-lo pra frente.
Eu entendo que não é fácil, mas como você mesma já imaginou, as pessoas são pouco tolerantes com as deficiências.
Eu tive tempos duros com meu salsicha, que já era meu antes de ficar assim. Na minha casa mesmo, as pessoas me sugeriam a eutanásia. E eu sou radicalmente contra.
Eu busquei todas as alternativas de tratamentos para que ele pudesse ter alguma autonomia e não dependesse de mim e de ninguém da minha casa, afinal, eu também não podia contar com ninguém para limpá-lo, por exemplo.
Depois de ter tentado tudo que era viável na época (diagnosticado o caso, hipótese cirúrgica descartada, fisioterapia, acupuntura, homeopatia etc. Hoje, há até mais opções, como células-tronco!), eu adaptei um ambiente da casa para ele se virar até eu chegar à noite.
Posso explicar com detalhes, se quiser!
Mas deu certo!
Ele se sujava, não conseguia manter a limpeza de antes, mas ele tinha independência e autonomia. E se locomovia arrastando-se no espaço delimitado.
Quando eu chegava, à noite, muitas vezes eu conseguia vê-lo de madrugada mesmo, 2h, 3h da manhã, eu trocava os jornais (eu deixava muitos jornais no piso), e fazia toda a higiêne. Como dava. Não era perfeito. Muitas vezes, o cansaço era grande, então eu me concentrava no essencial que era mantê-lo seco para passar a noite.
Alimentação e água sempre disponível.
Panos e cobertinhas eu jogava fora toda semana, não dava pra lavar.
E assim foi.
Quando ele partiu, aos 13 anos, eu senti falta dessa rotina. Era esquisito ir dormir sem ter que "pôr a mão na massa".
E falta dos olhos gratos, ternos, leais dele e do tempo de cumplicidade e companheirismo que passamos juntos.

Não desista de um ser, jamais!
Boa, muito boa sorte!

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