Aves são animais muito delicados, mais que cães por exemplo, tem o metabolismo mais acelerado e podem morrer se forem submetidas a um estresse grande.
Ou seja, podem morrer de susto. Outros animais (e até humanos) também, claro, mas aves são bem susceptíveis.
Meu canarinho é idoso (mais de 7 anos) e tem apresentado muitos pontos de encravamento de penas.
Eu costumo tirar algumas, rapidamente, sem puxar, apenas girando e removendo. O "cisto" descola sem sangue praticamente.
Fiz muitas vezes e tudo bem, apenas um antibiótico local e pronto.
Acontece que na última vez, encontrei muitos encravamentos e um bem grande escondido. Não tive dificuldade em remover, mas por serem várias, o canarinho teve um estresse muito grande e o coração parou. Foi como um desmaio, uma parada cardíaca. O coraçãozinho, antes muito acelerada foi diminuíndo o ritmo até eu não senti-lo mais na mão. E o corpo esfriou. Eu realmente achei que ele havia vindo a óbito, mas manteve a respiração e alguns sinais vitais. Corri pro vet.
Vet atendeu e diagnosticou o ocorrido. Ministrou medicação. Aos poucos ele foi voltando.
Depois de umas horas, ele já estava normal.
Foi por pouco, até por se tratar de um animal idoso.
Meu canarinho já está bem. Pedi orientações sobre as penas encravadas. Remover ou não? Há algum risco em deixar? Vet orientou que essas penas podem criar abcessos e pus, logo, foco de infecção, o que não é bom. Mas e tirar sem causar incômodo e estresse? Ele me disse que não deva causar uma dor intensa, mas um tipo de beliscão. E um belicão num animal de proporções tão pequenas causa maiores consequências do que em outros maiores e de outras espécies
Enfim, por ora suspendi a remoção de penas encravadas, até encontrar um modo mais seguro de fazê-lo!
Canarinho após o susto e removidas as penas encravadas no peito |
Aqui em casa colocamos umas músicas para o canário, daí colocamos uma de canários cantando, ele começou a piar e virou as costas, piou e piou cada vez mais baixinho. Daí coloquei a mão nele e ele nem se mexeu (o que não é normal, animal bem arisco) daí ficou miudinho e peguei ele para ver se não tinha engasgado. Ficou com o corpo mole, coloquei na mesa e ele abriu as perninhas e com o bico na mesa quase morto. Fiquei assoprando nele e dando tapinhas com o dedo nas costas (de leve como se fosse tentar tirar algo preso na garganta) fui assoprando e virando ele de ponta cabeça para oxigenar o cérebro. Daí ele foi voltando aos poucos, demorou uma hora ou mais até ele se recuperar. Realmente muito sensível e ainda não sei o que foi.
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