Antes existia apenas a anestesia injetável. Com a inalatória, se adquiriu um maior controle dos organismo do animal durante o procedimento, reduzindo os riscos que se corriam até então.
A propósito, risco é sempre de vida, a expressão completa é risco de perder a vida, em que o "de perder" está oculto. Logo, risco de morte está incorreto nas normas da língua brasileira.
Voltando, a anestesia inalatória foi um ganho em termos de riscos dos procedimentos cirúrgicos do animal.
Entretanto, exige exames pré-cirúrgicos para avaliar a condição de saúde do animal. Quanto mais saudável estiver, menores os riscos.
Outros fatores como idade, raça, síndromes, gestação etc. também afetam esses riscos, por isso o melhor é conversar com o veterinário para calcular os riscos e a necessidade do procedimento.
De acordo com os veterinários, estando o animal com a saúde em ordem, os riscos da inalatória são de 5%. Porém, em se tratando de organismo vivo, não é possível o controle absoluto das reações.
Assim, em comparação à injetável, considera-se a inalatória mais segura, dados os riscos normais e esperados que não tem como serem eliminados.
O período de maior perigo é durante a aplicação da anestesia mesmo, enquanto ela estiver produzindo os efeitos para que foram desenvolvidos.
Após o animal voltar da anestesia, acordar, o ápice do período tenso acabou, mas deve ser mantido sob observação até 72h após o procedimento, que é o tempo que os fármacos (medicações) administrados são metabolizados pelo organismo.
Aliás, estou escrevendo agora nas últimas horas dessas 72h desse prazo após a mastectomia da minha cachorrinha. (Amém, Senhor!)
Muita gente, inclusive eu, tem medo de o animal "não voltar" da anestesia.
Inclusive, por ser necessariamente um procedimento de risco, o proprietário deve assinar um termo de responsabilidade, como ocorre na medicina humana.
Pois bem, tive uma experiência pessoal muito, muito, MUITO difícil com anestesia.
Foi em 2013, perdi uma cachorrinha (amor da minha vida) em decorrência da anestesia em procedimento de enucleação (retirada) de globo ocular por câncer no olho. Já falei sobre aqui e não vou me alongar.
Um dos piores momentos da minha vida, dor inenarrável. Outra hora falo mais, se for caso.
De lá pra cá, outros cachorros meus passaram por cirurgias diversas, desde simples castração até outras bem invasivas, e sempre é difícil toda vez. Evito ao máximo.
Até hoje, o trauma é latente, fica ali adormecido e surge forte quando a situação me faz relembrar. Preciso me controlar para enfrentar quando é, realmente, necessário.
Talvez, sempre vá me trazer alguma dificuldade, com o tempo vou adaptando, administrando.
Enfim, acaso a intervenção cirúrgica seja preciso, é preferível a anestesia inalatória a injetável. É mais cara, mas vale a pena pela vida dos nossos melhores e maiores amigos!
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