O que fazer quando cachorro morde sapo?
Levar no veterinário urgente!
O sapo (e outros animais perigosos como cobra, escorpião, aranha, taturana etc.) possuem veneno no organismo. Eles utilizam o veneno para atacar presas ou mesmo para se defender.
No caso do sapo, que é um animal que se alimenta de insetos, o veneno o protege contra predadores. Em geral, há glândulas na pele do sapo e, quando é atacado, expele o veneno.
Esse veneno é tóxico, causa lesões mais ou menos graves no animal que o morde e, dependendo da espécie do sapo e da quantidade de veneno que entra em contato (se ingerido, mais grave) com o outro animal, pode ser fatal.
Em todo caso, quando um cão morde ou ataca um sapo, deve ser levado ao veterinário urgente!
Um edema (inchaço) não tão grave pode se agravar e causar sufocamento por edema de glote (garganta fecha).
Mas há casos de imediato graves causando convulsões sérias.
Já tive vários animais que pegaram sapos.
E a última vez foi bem grave.
Minha cachorrinha de 7 anos atacou um sapo. Não se sabe exatamente qual espécie de sapo, quanto de veneno foi inoculado, quanto tempo ela ficou sem atendimento (levou uma hora após ser vista caída convulsionando), se ela engoliu parte do sapo.
Sabemos que foi sapo porque havia um sapo destruído perto dela.
Ela teve convulsões muito graves, que atingiram o sistema nervoso central, provavelmente o sapo eliminou neurotoxinas (atingem e podem lesar o sistema nervoso central e outras partes do organismo pelo grande potencial agressivo).
As convulsões não se interrompiam com anticonvulsionante, não respondeu a medicação. O tempo foi passando, cerca de 4-5 horas sem resposta ao tratamento, até que foi necessária anestesia geral para tentar revertee o quadro. Foram aplicadas duas vezes a anestesia. Ela dormia, mas acordava e voltava a convulsionar. O quadro começou a melhorar por volta de 7-8 horas após o ocorrido.
Com a estabilidade do quadro, as convulsões foram contidas, ela dormiu. Fez xixi e cocô (eliminação da toxina).
Estável, foram feitos exames de sangue e funções bioquímicas, para verificar sequelas e eventuais danos no organismo.
Não houve danos nos orgãos, como insuficiências renal, hepática, mas havia um aumento de plaquetas, indicando processo inflamatório.
Lembrando que foi administrado protetor gástrico durante os procedimentos para preservação do estômago.
Ao acordar, ficar espertinha, começar a interagir, não ficava de pé.
Paresia das patas traseiras. Não perdeu a sensibilidade (dor profunda), abanava a cauda, mas não sustentava a parte traseira do corpo.
Num primeiro momento, as hipóteses eram sequela do veneno, efeito da anestesia ou trauma na coluna durante a convulsão.
Feitos os exames e descartadas as outras hipóteses, foi diagnosticado trauma na coluna.
Agradecimento a Dra. Thaísa Pardini e equipe da Clínica Pets & Selvagens:
www.petseselvagensvet.com.br
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Indico a Clínica para todo cuidado animal, qualquer animal, inclusive casos raros e emergências.
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