sábado, 9 de julho de 2016

NATUREZA ENSINA - Coruja salva presenteia pessoas e animais da casa

Li a notícia abaixo sobre uma coruja ferida que foi salva e cuidada por um menino. Após sua recuperação, além de não deixar a casa onde foi acolhida, trazia presentes aos cuidadores!

http://semprecanteierrado.blogspot.com.br/2016/07/este-garoto-salvou-uma-coruja-ferida.html?m=1

Claro que a notícia é tocante. Que os animais domésticos demonstram "afetos" não há dúvidas. Mas a própria domesticação e convivência poderia justificar essa forma de antropomorfização.
E os selvagens? Como ver comportamentos próximos à gratidão, carinho, lealdade, amizade?

Poderíamos nos alongar muito na resposta e nem assim conclui-la.
O que me chamou atenção foi um paralelo que podemos fazer do caso com a humanidade.
A coruja levava "presentes" aos cuidadores que a ela eram valiosos. Ratos, cobrinhas, presas mortas que fazem parte da alimentação da coruja.
São agrados importantes à natureza da coruja e não a do humano, podendo serem vistos por nós como nojentos inclusive.

Quantas vezes algumas pessoas nos oferecem, do mundo delas, o que a elas é significativo e nós, a partir da nossa escala de valores pessoais, não reconhecemos a nobreza, beleza do gesto?
A nossão visão direciona-se ao foco da nossa perspectiva de mundo, das nossas demandas pessoais.
Enxergar a partir do lugar do outro não é uma tarefa automática, nem simples. Requer mais que empatia, um nível de consciência mais elevado talvez.

Nos últimos tempos, passei por situações pessoais sob dois ângulos diferentes que me remeteram à história da corujinha.
Tanto conheci pessoas que não souberam reconhecer, valorizar e respeitar o meu mundo; tanto como eu exigi de pessoas comportamentos que se afinavam com a minha visão, desconsiderando o repertório interno (ou a falta dele) dos outros.

Estou refletindo sobre tudo isso e proponho o mesmo aos leitores.
Li em algum lugar que carinho é tocar o mundo (sagrado) do outro com respeito. Daí poderíamos refletir, também, sobre a permissão que damos ao outro para tocar o nosso com o mesmo respeito. Mas é asunto para outra oportunidade.

Conviver com animais é uma bela e encantadora maneira de tocar mundos totalmente diferentes dos nossos com respeito, compreensão, amor.

Reflitamos com a corujinha agradecida!







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