segunda-feira, 2 de maio de 2016

CÃES - Briga de cães

Venho trazer um assunto complicado e sobre o qual estou tendo problemas no momento: briga entre cachorros.
Já passei por isso no passado e não tive bons resultados, que não manter os cães separados mesmo.
Ainda não encontrei uma solução segura e eficiente que faça com que os animais voltem a conviver.

Por isso vim falar sobre, até para trocarmos ideias. Vou deixar a postagem aberta e atualizando.

Minha primeira experiência foi com uma ninhada de filhotes e o pai. Eram dois casais e o pai. Até uns 6 meses, sem problemas. Daí em diante os de sexo igual principalmente iniciaram brigas feias.
Um dia, os quatro pegaram o pai, que ficou de tamanho menor, e quase o mataram.
Os filhotes foram castrados aos 4 meses, daí já defendo a tese de que castração não resolve. É uma alternativa, que no caso dos meus não surtiu efeito.

Iniciei adestramento. Investi um bom dinheiro com adestrador profissional focado em obediência. Na presença do adestrador e durante as aulas, o resultado era o esperado. Sozinhos, tudo voltava ao normal. Tudo indica que eles respeitavam a figura do adestrador, mas esse item será falado adiante. Resultado negativo.

Decidi mantê-los separados. Dois casais de irmãos. Hoje, estão com 7 anos. Quando escapavam, ainda havia brigas, mas faz anos que não há incidentes.
São muito dóceis com quem conhecem, mas muito antissociais com outros animais. Atacaram outros cães, quase mataram uma poodle e feriram muito uma pastor. E matam galinhas se aparece. Detalhe: são mistura de salsichinha. Pesam em torno de 20kg. A mãe era muito brava, morreu no pós-parto deles (era minha) e o pai ainda está comigo, 13 anos, já foi briguento, não é antissocial com outros animais.

Hereditariedade

Como relatei acima, pela minha experiência, cães filhos de animais agressivos têm predisposição genética a agressividade.
O pai dos meus quatro era de comportamento esperado quando jovem. Mas a mãe era muito agressiva com outros cães. Antissocial. Ela veio pra mim adulta, soube que chegou a matar um animal. E, de uma ninhada de 5, fiquei com 4, castrados e adestrados, todos antissociais e agressivos.
Daí a importância de retirar animais com essas características de reprodução. Sou totalmente contra estímulo de qualquer violência.
Veja, o cão de guarda tem instintos de guarda, não necessariamente é agressivo, violento ou antissocial. São situações diversas.
No caso da cria que comento, foi um acidente. Certamente, a mãe dos filhotes não era um animal para reprodução, dado seu temperamento altamento indesejável.

Espaço

Ainda utilizando o meu exemplo, pude perceber e pesquisando conclui que quanto mais confinados, maior a incidência de brigas.
Por alguma razão instintiva, o animal sabe o território que ocupa.
Não falo nem de caso de precisar ou não de espaço para exercício. Esse é uma outra questão a ser discutida também. Mas o próprio tamanho e limites do espaço interverem no comportamento de ataque do animal contra seu companheiro.
Quanto menor o espaço que dois animais vivem, ou com o aumento de animais no mesmo espaço, as brigas tendem a aumentar. Trata-se do próprio domínio de território.


Ciúmes e outros comportamentos em relação ao cuidador

Independente do que acredita cada um, os animais são seres senscientes, isto é, sentem dor, medo, alegria.
Está cada vez mais claro que apresentam "sentimentos" mais complexos, como o ciúmes do cuidador.
Muitas pessoas relatam que animais se atracam somente quando o cuidador está perto ou afaga um ou outro. É algo parecido com o domínio territorial, mas voltado à pessoa. Ao perceber que a pessoa está dando atenção ao outro, ataca.

Animais alfa

Os cães veem todos que convivem com ele como uma grande matilha. Ele, os demais cães, os humanos, são todos elementos da matilha.
A propósito, cães solitários acreditam ser humanos. Não se reconhecem como cães, nem outro cão como da mesma espécie e a maioria não se relaciona com outros cachorros, não ficam perto, têm dificuldade para acasalamento. Qualquer cachorro é um completo estranho.
Voltando à matilha, há hierarquia de domínio, como em todo reino animal. Cada espécie tem sua organização específica.
No caso dos cães, animais alfa, são aqueles que seriam os chefes do grupo. Chefes dos animais, porque, em tese, o líder deve ser um humano (talvez isso não ocorra sempre, próximo tópico).
São animais que não se submetem aos demais e faz com que os outros se submetem a ele.
Geralmente, a função é do mais velho enquanto pode cumpri-la.

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