sábado, 6 de junho de 2015

ANIMAIS - Parto da arraia

Há alguns dias atrás, correu na Internet um vídeo de uma arraia (ou raia) que parecia estar parindo filhotes na areia ao ser pescada por um pescador no mar.
Os comentários diziam que o animal foi pescado enquando estava parindo.
Bem provável que não. A menos que a arraia tenha sido fisgada acidentalmente, caso contrário, nenhum animal iria estar se alimentando (e teria comido a isca do anzol) enquanto está em trabalho de parto, parindo ou logo após.
A fêmea, quando sente que o momento de parir está próximo, não se alimenta, procura um lugar seguro, longe de predadorea, abrigado, onde possa ter seus filhotes com segurança.
Quantas vezes vemos cadelas (ou outras fêmeas) que dão criam em buracos que elas mesmas cavam que nós não temos acesso? Outras dão cria em locais tão escondidos que somente vemos os filhotes quando eles crescem e começam sair do esconderijo.
Há relatos de fêmeas que, estando em trabalho de parto, ao perceber algum tipo de situação de perigo ou ameaçadora são capazes de interromper o parto e todo o processo.
Tudo isso são instintos naturais e de sobrevivência.



Diante disso tudo, assistindo a arraia ter os filhotes fora d'água na areia da praia, sendo um animal aquático e que respira debaixo d'água por brânquias, pressupõe-se que a mãe não fisgou o anzol com isca no momento em que paria.
O mais provável é que a fêmea não estava em trabalho de parto ou parindo. Foi fisgada. Por estar grávida, ao ser capturada, retirada do seu habitat -da água, trazida à superfície, fora da água, percebendo estar em alto risco de vida, expeliu os filhotes, pois caso ela morresse, havia uma chance de sobrevivência dos bebês (até porque estavam totalmente formados, como visto nas imagens).


  1. Em resumo, não interrompa, atrapalhe, intervenha no parto de um animal, a menos que seja necessário com orientação de um vet.

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