quinta-feira, 26 de setembro de 2019

ANIMAIS DOMÉSTICOS - Tratamento veterinário



O assunto, hoje, é uma reflexão sobre tratamentos veterinários que são prescritos para cães, gatos e outros animais domésticos.

Em todas as situações, sempre indico procurar um veterinário para examinar adequadamente o animal e prescrever a melhor forma de tratamento do problema.

Porém, percebo que, muitas vezes, o protocolo passado pelo profissional é inviável e a pessoa não conseguirá cumprir.

De que adianta um tratamento que não vai ser realizado? Será que a função do vet é só passar o tratamento e não avaliar as reais condições de que será realizado certinho?

A questão financeira é a mais problemática, certamente, que impede de tratamentos serem feitos completamente, mas há outras questões que devem ser enfrentadas.

A meu ver, o profissional deve associar o melhor tratamento à realidade do proprietário do animal.

Certa vez, um vet amigo me falou algo muito interessante.

Minha cachorrinha tinha alergia à grama, mas minha casa tem quintal com grama. Foi quando ele falou que o ideal era tirar o cachorro do contato com grama. Mas como? Cimentar tudo? Não dava. Retirar o animal do local? Também não dava.

Estudamos juntos uma forma mais viável de tratar a cachorra, como tratamentos menos agressivos para que o sistema imunológico dela estivesse mais resistente e lidasse melhor com o contato com o alérgeno (grama).

E assim tem sido. Não era possível radicalizar com cimento ou tirar ela de casa. Estou tratando a alergia de modo contínuo, sem antibiótico ou corticóide, de modo que mantenha a saúde relativamente controlada, evitando crises e sem medidas extremas inviáveis.

Não sei dizer se essa visão - que falta a muitos profissionais - é uma questão de qualidade técnica ou sensibilidade do médico. Em todo caso, faz toda a diferença na hora de procurar e escolher um vet.

Um amigo me contou sobre o caso da gatinha dele, que sofria de insuficiência renal. A situação era grave e exigia aplicação de soro diariamente. 

Ele me explicou que o profissional se preocupou em passar um tratamento que o proprietário conseguisse entender e fazer em casa, já que precisava aplicar injetável. 

O vet foi passando opções e formas possíveis para que ele conseguisse fazer sozinho. Preocupou-se se ele tinha entendido, se saberia aplicar etc.

Aconteceu comigo e meu cachorrinho paralítico. Eu retirada o xixi da bexiga deke todos os dias só com massagens, a urina era eliminada, pois ele tinha incontinência urinária e fecal.

Com o tempo e a prática, fui aprendendo onde e como deveria apalpar para eliminar o xixi.

Um dia, fomos ao vet colher urina. O vet utilizou sonda no canal urinário. Não saía nada. Puxava e nads. Achou que a bexiga estava vazia. Esperamos e nada.

Até que eu perguntei se eu podia fazer o que sempre fazia. Fiz. Em 2 segundos, mais de uma seringa de urina! Rápidi, fácil, sem incômodo da sonda.

Confesso que, como em toda área, é difícil encontrar bons profissionais: valor razoável, honesto, competente. Vira e mexe, falta um ou dois requisitos.

Quero passar a mensagem, com este texto, que cabe ao proprietário se inteirar de cada situação, para auxiliar na busca do melhor tratamento viável, já que o ideal nem sempre dá.

Só o dono conhece a sua realidade e a situação do bichinho, conhece-o e sabe como pode ser menos desconfortável a ele.

O Blog é direcionado aos leigos, mas vale aos vets também. É um diferencial muito importante aprender a ter o tato, a sensibilidade de adaptar situações. Quem não nasce com essa habilidade, pode desenvolver!

Nenhum comentário:

Postar um comentário