quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
ANIMAIS - Amor não morre
Estive conversando com um amigo sobre o amor não morrer.
Ainda que não seja vivido fisicamente, ou a vivência terrena tenha terminado, o amor fica.
Disse Eva Wilma referindo-se ao marido falecido Carlos Zara: "A saudade é o museu do amor". Ele fica velho, mas não imprestável, nem morre.
Estou passando por problemas que têm afetado muito a minha vida, numa dimensão que eu não havia vivido até então. Um sofrimento profundo, irreversível, daqueles que deixam marcam indeléveis.
Tenho o apoio da minha família, que está passando pela mesma situação familiar grave, por isso nem sempre uns conseguimos levantar os outros. São cansaços de alma.
Pois bem. Estou falando tudo isso porque são meus animaizinhos que "seguram" a casa em pé.
Para mim, no fundo do meu coração, é o afeto - mais puro do mundo - que trocamos diariamente, que me aquece o coração para que os tempos gélidos não me faça morrer, literalmente, de frio, de frieza, de falta de calor humano.
São eles todos, os presentes e os ausentes, que me trazem o sopro da vida quando está difícil acordar (ou dormir...) e enfrentar mais um dia.
Os que estão aqui são chamas de luz. Luz que ilumina a escuridão dos dias cinzentos, apagados, sombrios. São vida pulsante.
E os que foram... Ah os que foram compõem as mais doces e ternas lembranças. Que me lembram que o amor vale sempre. Que me lembram que estiveram incondicionalmente comigo, até o dia que tivemos que (por ora) nos separar. Eu sinto que vamos nos encontrar um dia, mas não agora. Agora é a recordação viva que guardo dentro do peito que me mantém.
São os amores que ficam. São os afetos combustíveis da caminhada da vida, especialmente quando está bem doloroso.
As pessoas relatam suas experiências e toda dor que sentem quando somos separados desses seres mágicos com quem temos a honra de conviver.
Apesar da dor que sentem, tento mostrar o legado que deixam para nós. A qualidade de cada um dos nossos corações que a passagem curta da vida deles nas nossas deixa. Curtas e intensas, profundas, cheia de significados.
Sugiro que transformemos todo esse amor experienciado em bondade. Transformar a vida de um ser especial que perdemos em bem, bom, afeto, amor é o mínimo que devemos a essas criaturinhas, é honrar o privilégio de termos compartilhado a vida deles conosco, de celebrar a vida!
Por isso digo, o amor não morre!
Conviver com um animal é ganhar na loteria, mas para sempre!
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