Quem já presenciou a reação de um animal com dor diante da necessidade de pegá-lo, manejá-lo, inclusive para cuidar dele, sabe que essa não é uma tarefa fácil.
Poderia citar inúmeras situações, mas uma das últimas foi o socorro a uma cachorrinha que foi atacada por dois cães maiores.
Ela é muito dócil, nunca mordeu ninguém, acostumada comigo.
Cheguei no local, ela parecia morta, derrubada no chão, sem movimentos, inerte.
Cheguei com o vet, fui falando com ela, quando tentei colocar a mão nela, ela me atacou ferorzmente. Tinha muita dor.
O vet fez os manejos necessários para aplicar um analgésico para poder começar a tocá-la.
Só depois de a medicação começar a fazer efeito que ela foi se rendendo e pôde ser medicada e cuidada.
Quando nós, seres humanos, temos dores, estamos sofrendo, também ficamos resistentes e automaticamente nos armamos. É natual, instintivo.
Não estamos abertos e dispostos a abordagem alheia, ainda que seja de quem pretende nos ajudar.
O outro que pretende ajudar alguém que sofre, passa ou passou por uma dor, deve levar isso tido em conta.
Há de se desenvolver uma sensibilidade para que aquela pessoa ferida permita que chegamos perto para ajudá-la.
Dependendo do tipo da abordagem, o ferido não vai aceitar, vai resistir, vai atacar e até fugir.
Assim, talvez abrir os olhos mais humanos para comhecer e tornar-se empático à situação daquele que sofre e às suas reações esperadas pode ser o caminho para conseguir efetivamente ajudá-lo!
Pense nisso!
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